Última atualização 7 de janeiro de 2025 às 11:23 Um dos edifícios mais icônicos de São Paulo, o Edifício Martinelli, que já foi um hotel luxuoso em seus tempos áureos, abrirá novamente o seu terraço para receber o público a partir do próximo sábado (11).
Em sua segunda fase do projeto M100, criado para comemorar o centenário de sua construção, o Martinelli continua o seu processo de obra, com mais de 100 fornecedores trabalhando entre escritórios de arquitetura, construtoras, estúdios de restauro histórico, consultores e curadores culturais.
Ao mesmo tempo, ele estará disponível para a arte, a cultura e os encontros, em locais e meses específicos, respeitando o processo de obras. Os eventos de sábado ocorrerão nos 25º e 26º andares – o famoso terraço.
O novo Martinelli, após todas as obras e meses de espera, apresentará um dos maiores complexos criativos de todo o Brasil, contando com uma diversidade de serviços funcionando pelo menos seis dias na semana, no período diurno e noturno. Serão cafés, bares, restaurantes, um espaço de museu de mais de 500m2, além, é claro, dos eventos culturais, e o observatório, para que todos possam ver e viver São Paulo do topo, em uma vista 360 graus.
O Grupo Tokyo, responsável pelo famoso karaokê de mesmo nome no Centro de São Paulo, venceu a licitação do Edifício Martinelli em março de 2023, prometendo oferecer novos ares ao prédio histórico.
A história do Martinelli
A construção começou a ser idealizada em 1924, pelo imigrante italiano Giuseppe Martinelli, um empresário bem sucedido do ramo da construção e navegação. A pretensão de Giuseppe era criar o prédio mais alto da América do Sul.
De início, a projeção era para 12 andares. Com o tempo, o italiano passou a acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez maior – de 12 passou para catorze, depois dezoito e em 1928 chegou a vinte. O Edifício Martinelli finalmente ficou pronto após cinco anos, culminando em 30 andares. No topo do arranha-céu, Giuseppe Martinelli construiu sua própria residência.
Em 1975, o prefeito Olavo Setúbal desapropriou o edifício e deu início a uma restauração que terminou em 1979. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega, pela própria casa importadora de Martinelli. Nas obras trabalhavam mais de 600 operários. 90 artesãos, italianos e espanhóis, cuidavam do esmerado acabamento. Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da Av. 9 de Julho.
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